Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), por meio do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (ProHort), mostra que os preços de frutas e verduras no Brasil entraram numa verdadeira montanha-russa nesta semana.
O tomate teve forte queda e virou a principal oportunidade da feira, enquanto o abacaxi subiu e pesou mais no bolso.

Outros itens também ajudaram a aliviar o bolso, como a couve-flor, que ficou 33% mais barata, a uva niágara, com redução de 30%, e o pimentão verde, que caiu 20%. Houve ainda queda de 25% no preço do maxixe e de 18% na banana prata, duas opções que reforçam o equilíbrio do carrinho de compras.
Mas nem tudo veio em queda. Alguns produtos subiram e assustaram consumidores: a batata-doce rosada avançou quase 18%, o chuchu ficou mais de 25% mais caro e a abóbora paulista também pesou no orçamento.
Segundo técnicos da Conab, a combinação de clima irregular e menor oferta nas centrais de abastecimento explica essas disparadas.
O recorte de Mato Grosso
Em Mato Grosso, os dados do Prohort são coletados em parceria entre a Secretaria de Agricultura Familiar (Seaf/MT), a Empaer, a Prefeitura de Cuiabá e a Associação dos Permissionários do Terminal Atacadista de Cuiabá (Apetac), associação que reúne os permissionários da Ceasa de Cuiabá. É a partir dessas informações que o boletim nacional também reflete a realidade do estado.
A economista Bianca Georgia Marques de Arruda Barros, que analisou os números da Ceasa-MT, aponta que o comportamento dos preços deve seguir caminhos diferentes nos próximos dias. Segundo ela, os legumes tendem à estabilização, enquanto as folhosas podem apresentar recuo, caso o clima seco se mantenha. Já as frutas tropicais devem continuar com forte volatilidade, reflexo da transição de safra.

O que vale a pena na feira
Entre os produtos que mais compensam no bolso do consumidor está o tomate longa vida, que sai por R$ 50 a caixa de 18 a 20 quilos. A banana prata também aparece como boa escolha, custando R$ 110 na mesma medida, enquanto o mamão formosa pode ser encontrado por R$ 70 a caixa.
Nas folhosas, o espinafre é destaque a R$ 10 o maço. A chicória vem logo atrás, a R$ 8,50, e a couve segue como opção acessível, a R$ 18 a dúzia.
Já entre as hortaliças, a couve-flor se apresenta como alternativa em conta, por cerca de R$ 7,50 a unidade. O brócolis ninja, vendido a R$ 5 cada, e o jiló, R$ 80 a caixa de 14 a 15 quilos, completam a lista de produtos que valem a pena.
Com quedas históricas de um lado e altas inesperadas de outro, o boletim reforça que o mercado hortigranjeiro continua sujeito a instabilidades, exigindo atenção de produtores, comerciantes e consumidores.