Clubes da Série A do Campeonato Brasileiro movimentaram mais de R$ 1 bilhão em patrocínios de casas de apostas entre 2024 e 2025. Este valor demonstra a transformação do patrocínio esportivo no Brasil, consolidando as empresas de apostas como a principal fonte de receita de marketing para os clubes.
Em 2025, 18 dos 20 clubes da Série A têm uma casa de apostas como patrocinadora máster ou secundária. Apenas dois clubes não possuem um patrocinador máster do setor, mas exibem marcas de apostas em partes secundárias do uniforme.
A partir de janeiro de 2025, o mercado de apostas esportivas opera sob regulamentação federal, exigindo licença nacional para atuação no Brasil. Este ambiente jurídico impulsionou o investimento de empresas e consolidou marcas já presentes com novos contratos e aumento de valores.
O valor médio dos contratos assinados pelos clubes da Série A gira em torno de R$ 63,82 milhões. Corinthians, Flamengo e Palmeiras detêm os contratos mais valiosos, com acordos que chegam a R$ 103 milhões, R$ 105 milhões e R$ 100 milhões anuais, respectivamente. Treze clubes aumentaram os valores de seus contratos, indicando uma tendência de valorização das propriedades em um mercado mais competitivo.
No entanto, um projeto aprovado na Comissão de Esporte do Senado propõe a proibição da publicidade de casas de apostas em clubes e eventos esportivos, gerando preocupação no mercado. Clubes da Série A alertam para um possível colapso financeiro, estimando que mais de 30% da receita de marketing dos clubes provém dessas parcerias. Sem esse dinheiro, os clubes afirmam que terão dificuldades para competir e manter suas operações básicas.
