O instinto de sobrevivência dos animais selvagens sempre estão em cena no Pantanal de Mato Grosso. Imagens feitas pelo fotógrafo Thiago Gonçalves Coronado Antunes mostram uma onça-pintada fêmea, com ferimento visível, realizando repetidos pulos dentro de um rio.
O comportamento flagrado pelas lentes da câmera é uma estratégia de defesa usada pela onça para se livrar de insetos que se aglomeram ao redor da ferida.

Com os movimentos, a felina buscava conforto e alívio após um possível ataque ou um ferimento causado por ela mesma.
As onças são grandes nadadoras, adaptadas à vida em ambientes úmidos como o Pantanal — frequentemente atravessam rios para buscar presas ou fugir de ameaças.

Além de nadar, elas utilizam a água como barreira natural contra insetos, que podem causar dor, infecções e impedir a cicatrização da ferida. Esse comportamento é observado em felinos e outros mamíferos aquáticos, que se banham para se refrescar e desinfetar feridas.
O mergulho pode ainda servir para limpar a ferida, eliminando sujeiras e parasitas que se acumulam no sangue ou se alojam na pele exposta à infecção.

As imagens de Antunes documentam um momento revelador: uma onça, mesmo ferida, utilizando seus próprios instintos para se tratar e sobreviver em um ambiente que costuma lhe oferecer recursos, mas que também pode ser hostil.