O Partido Liberal (PL) e parlamentares da oposição estão se mobilizando para contestar a manutenção do recesso parlamentar em Brasília, após o Supremo Tribunal Federal (STF) impor medidas cautelares ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A presidência da Câmara e do Senado confirmaram a manutenção da pausa legislativa até 4 de agosto.
Em resposta, o PL convocou uma reunião para esta segunda-feira, com o objetivo de definir estratégias e pressionar pelo fim do recesso. O partido argumenta que as medidas contra Bolsonaro representam uma “grave ameaça à democracia” e defende que o tema seja discutido com urgência no Congresso, incluindo a possibilidade de tramitação de um projeto de anistia. A deputada Bia Kicis (PL-DF) informou que o partido pretende contestar a decisão dos presidentes das Casas e buscar apoio de outros parlamentares para a retomada dos trabalhos legislativos.
Apesar do recesso oficial, a oposição tenta manter suas pautas ativas. A Comissão de Segurança Pública da Câmara marcou uma reunião para esta terça-feira para analisar uma moção de apoio a Jair Bolsonaro. A bancada do PL também planeja uma coletiva de imprensa para anunciar os próximos passos da legenda.
A manutenção do recesso implica que votações em plenário e reuniões de comissões permanecerão suspensas até o início de agosto, adiando qualquer deliberação formal sobre a anistia ou outras possíveis reações institucionais às decisões do STF.
